SSDD - same shit different day
Poluição, não mais do que sujidade, escarro e cebo na mesma embalagem "made in Hell" promovida com a mais recente e inovadora tecnologia, telenovela ao bom estilo mexicano. De que outra forma poderei descrever o governo neste país? Pensei em merda, no entanto, o acto de defecar é natural e necessário e apesar do seu produto ser um desperdício, não deve em qualquer instância ser comparada com os membros do estado. Tenho seguido o seu circo com atenção, e sinto-me cansado...os mesmos elefantes, as mesmas girafas, palhaços, malabaristas, acrobatas, ilusionistas e, fundamentalmente o mesmo espectáculo. Ouço mentiras sobre mentirosos, e mentirosos convictos das "suas verdades".
É constrangedor que hoje em dia se julge a realidade mais pelo aquilo que não é, ficando a sua essência perdida num manto de cepticismo e especulação.
Um governo que age irresponsavelmente fá-lo apenas por que pode.
“The supreme law of the State is self-preservation at any cost. All States, ever since they came to exist upon the earth, have been condemned to perpetual struggle – a struggle against their own populations, whom they oppress and ruin. A struggle against all foreign States, every one of which can be strong only if the others are weak. And since the States cannot hold their own in this struggle unless they constantly keep on augmenting their power against their own subjects as well as against other States, it follows that the supreme law of the State is the augmentation of its power to the detriment of internal liberty and external justice.”
– The Immorality of the State, 1870 Bakunin
Como diz o Jel, se um gajo não se rir com este degredo ainda é pior.
Um abraço, amanhã apareço para jantar.
FOOD FOR THOUGHT
P.s.1: "The great questions are those an intelligent child asks and, getting no answers, stops asking." George Wald
P.s.2: História do marquês de Lantenac no Noventa e Três. O navio dos vandeanos viaja no meio da tempestade ao largo das costas bretâs, de repente um canhão solta-se do lugar e enquanto o navio rola e balouça todo inicia uma louca corrida de um dos lados para o outro e monstro imenso como é arrisca-se a arrombar bombordo e estibordo. Um canhoneiro (precisamente aquele por cuja incúria o canhão não estava seguro como devia ser), com uma coragem sem par, de corrente na mão, lança-se quase para baixo do monstro que vai esmagá-lo e detêm-no, agrilhoa-o, e leva-o de novo para a manjedoura, salvando o navio, a tripulação, a missão. Com sublime liturgia, o terrível Lantenac manda formar os homens na coberta, louva o valente, tira do pescoço uma alta condecoração, galardoa-o com ela, e abraça-o, enquanto a marinhagem grita para os céus os seus hurrahs. Depois Lantenac, com firmeza, recorda que ele, o condecorado, é o responsável pelo incidente, e ordena que o fuzilem. Victor Hugo, adaptado do livro Noventa e Três
Sem comentários:
Enviar um comentário