quarta-feira, 21 de maio de 2008

Deep

Infelizmente a fase em que eu lia os posts do Kurka com desprendimento já passou, o humor e o companheirismo deram lugar a um profundo sentimento de consternação e melancolia. A vida tem me educado no sentido de encontrar a beleza em tudo o que me rodeia, e não o consigo fazer no que diz respeito à sua escrita, tal é a névua de cinismo e falsidade que por lá paira.
Concordo que todos mudamos, é assim a vida, e é assim o nosso planeta. Todos os dias estamos mais perto do nosso renascimento, seja em que forma for, força essa que nos guia e deve instigar a transcender. Percorremos o nosso caminho, aquele que planeamos e consideramos mais adequado de acordo com o que desejamos. Uma viagem, essa sim deve ser percorrida com um sorriso nos lábios, em que marcamos a vida de muitas pessoas, partilhando com elas a nossa energia durante o caminho; e acreditem, a energia que enviamos é similar à que recebemos. Quando me refiro à energia que projectamos aludo ao nosso estado de espírito, ao que preenche a nossa alma, ao que sentimos em relação a nós e que conseguimos encontrar nos outros se estivermos à procura. O Kurka está sem dúvida a deixar o seu cunho em todos nós, e em mim desperta aquele lado mais escuro, mais primitivo, do qual eu me quero distanciar. Por isso, e porque o que é demais é erro, acho que lhe estou a conferir demasiada importância, sem dúvida mais do que a sua presente condição merece. Vou passar a observar e sentir, sem julgar; para que a sua energia não despolarize a minha, e para que a sua pretenciosa verborreia não passe disso.



Um Abraço

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