segunda-feira, 30 de julho de 2007

Acontece desta forma:

− Por cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social;

− O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, está obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social;

− E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros;

− Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21 euros para si.



Em resumo:

− Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55;

− Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 21;

− Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33;

− Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.



Eu pago, e acho muito bem, portanto exijo:

− Um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego para os meus filhos;

− Serviços de Saúde exemplares;

− Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa;

− Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país;

− Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam;

− Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano;

− Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos;

− Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida e jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros.... Polícia eficiente e equipados... os monumentos do meu país bem conservados e abertos ao público... uma orquestra sinfónica... que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra...



Na pior das hipóteses, cada 300€ em circulação em Portugal garantem ao Estado 100€ de receita.

Portanto, Srs. Governantes, governem-se com o dinheiro que lhes damos porque nós queremos e temos direito a tudo aquilo.

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