É Disfarce

Hoje, mais do que nunca, parece-me que a falta de valores é o princípio que rege. Tradicionalmente um reflexo opaco de moralidade, correcção e prudência, os líderes do povo (escumalha política e do clero) já nem a isso se dispõem. Chegamos ao ponto em que o disfarce é tão ténue, que há Carnaval todos os dias. O que é que importa se os padres fodem putos, se a liga fode o Hulk, se o Sócrates recebe e veste luvas, se criminosos de leste (“turistas do crime”) roubam impunemente, ou se alguns contribuintes pagam mais para ser ainda mais fodidos, enfim....o que há um gajo de fazer, vê-se tanta merda, que já nos tornamos complacentes ao cheiro . E não adianta viver na ilusão de que algo irá mudar, porque esses são filhos de uma e única PUTA. A puta da MAMA governamental, um elixir inebriante que ninguém quer deixar de sorver. Quase sempre foi assim, e sempre assim há de ser, enquanto xupista sucede a xupista, que ensina xupistas, que fodem para criar xupistazinhos há imagem dos primogénitos. Um autêntico circo.
No entanto, não é sobre este lixo que proponho este post, muito pelo contrário; a novelista Ayn Rand: "Since man's ambition is unlimited, since his pursuit and achievement of values is a lifelong process - and the higher the values, the harder the struggle - man needs a moment, an hour or some period of time in which he can experience the sense of his completed task, the sense of living in a universe where his values have been successfully achieved. It is like a moment of rest, a moment to gain fuel to move further”.
Apesar de esta citação ser mais abrangente que o meu intento, aflora com eloquência a necessidade do homem por momentos de escape; um momento para esquecer os contratempos, um momento para celebrar os sucessos, um momento para disparatar, um momento para contemplar, um momento para ser livre. É com muito agrado que podemos dizer, pelo menos uma vez por semana, que partilhamos momentos assim. Os jantares semanais e Mitiks são como um portal para uma nova dimensão, um espaço temporal mais significativo e regido por valores bem mais nobres. São os laços de amizade e companheirismo que tornam estas ocasiões tão especiais, e que permitem que cada um seja não mais do que ele próprio. Num mundo em que cada vez mais, a individualidade é subjugada ao conformismo, uma dimensão como esta é um bem valioso, e que deve ser protegido. Em última análise, poder dizer, fazer, comer, beber, bem ou mal, a torto ou a direito, mas sem disfarce.

Se7, vê lá se apareces esta semana para marcar a despedida, que o povo tem fome.





Um abraço